sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Poesia Romântica


No Brasil, a poesia romântica é marcada, num primeiro momento, pelo teor patriótico, de afirmação nacional, de compreensão do que era ser brasileiro, ou pela expressão do eu, isto é, pela expressão dos sentimentos mais íntimos, dos desejos mais pessoais, diferente do ideal de imitação da natureza presente na poesia árcade. Isto tudo seguido de uma revolução na linguagem poética, que passou a buscar uma proximidade com o cotidiano das pessoas, com a linguagem do dia-a-dia. No poema "Invocação do Anjo da Poesia", Gonçalves de Magalhães diz que vai abandonar as convenções clássicas (cultura grega) em favor do sentimento pessoal e do sentimento patriótico.
A poesia romântica surge em meio aos fervores independentistas da primeira metade do século XIX, tendo como marco inicial a obra de Gonçalves de Magalhães, "Suspiros Poéticos e Saudades". Apesar de servir como marco de início do romantismo no Brasil, a obra "Suspiros Poéticos e Saudades" não apresenta grande notoriedade ou importância no cenário artístico poético do romantismo brasileiro assim como as outras obras de Gonçalves de Magalhães. De acordo com as características e vertentes assumidas por cada poeta romântico, a poesia romântica pode ser dividida em:

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Fundamentos teóricos/ Características


Três fundamentos do estilo romântico: o egocentrismo, o nacionalismo e liberdade de expressão. Segundo Fabio Luiz Sobieski diz que; Romantismo, ainda chamado de Romanticismo, foi um abalo artístico, político e filosófico aparecido nas derradeiras décadas do século XVIII na Europa que persistiu por boa parte do século XIX, diferenciando-se como uma visão de mundo adversa ao racionalismo e ao iluminismo[2], procurou um nacionalismo que viria a materializar os estados pátrios na Europa.
O egocentrismo: também chamado de subjetivismo, ou individualismo. Evidencia a tendência romântica à pessoalidade e ao desligamento da sociedade. O artista volta-se para dentro de si mesmo, colocando-se como centro do universo poético. A primeira pessoa ("eu") ganha relevância nos poemas.
wikipédia(Como o nome já diz, é a colocação do ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas e textos, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os na obra. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.)
O nacionalismo: corresponde à valorização das particularidades locais. Opondo-se ao registro de ambiente árcade, que se pautava pela mesmice, vendo pastoralismo em todos os lugares, o Romantismo propõe um destaque da chamada "cor local", isto é, o conjunto de aspectos particulares de cada região. Esses aspectos envolvem componentes geográficos, históricos e culturais. Assim, a cultura popular ganha considerável espaço nas discussões intelectuais de elite.
A liberdade de expressão: é um dos pontos mais importantes da escola romântica. "Nem regra , nem modelos "- afirma Victor Hugo, um dos mais destacados românticos franceses. Pretendendo explorar as dimensões variadas de seu próprio "eu", o artista se recusa a adaptar a expressão de suas emoções a um conjunto de regras pré-estabelecido. Da mesma forma, afasta-se de modelos artísticos consagrados, optando por uma busca incessante da originalidade.

Como decorrência da supremacia do sujeito na estética romântica, o sentimentalismo ganha destaque especial. A emoção supera a razão na determinação das ações das personagens românticas. O amor, o ódio, a amizade o respeito e a honra são valores sempre presentes.
Na sua luta contra a racionalidade, o artista romântico valoriza todo e qualquer estado onírico, isto é, dominado pelo sonho, pela fantasia e pela imaginação. São momentos de suspensão passageira ou definitiva da razão que definem o ser humano passional, dentro do Romantismo. Toda loucura é válida.
E se o mundo não corresponde aos anseios românticos, o artista parte para a idealização criando um universo independente, particular, original. Nesse universo ele deposita suas aspirações de liberdade e à perfeição física. A figura da mulher amada, por exemplo, será associada à sempre um exemplo moral a ser seguido pelos leitores, por sua inteireza de caráter e sua moralidade irrepreensível.

Se de um lado temos sempre a figura do herói associada ao Bem, de outro é quase obrigatória nos romances a presença de um vilão, que encarna o Mal. Essa concepção moral de oposição absoluta entre Bem e Mal recebe o nome de maniqueísmo. No romantismo, o maniqueísmo constituiu mesmo a espinha dorsal das narrativas.
A Natureza, tão fundamental no Neoclassicismo, ganhará contornos particulares no Romantismo. No primeiro estilo, servia sempre como pano de fundo harmoniosos para o cenário bucólico e pastoril. No segundo, acompanha os estados de espírito do poeta ou das personagens dos romances. Assim, momentos de tristeza ou desilusão corresponderão a paisagens lúgubres; bem como instantes de alegria aparecerão sempre associados a imagens luminosas.
O romântico, ao desenvolver um mundo particular, pode transformá-lo em seu espaço de fuga: é o escapismo. As saídas, para o artista, são aquelas apontadas anteriormente: o sonho, a morte, a Natureza exótica. Ainda dentro do escapismo, destaque-se um espaço particular de fuga: o passado. Ele pode aparecer de forma pessoal, associado à felicidade inocente da infância, ou de maneira mais social, nas freqüentes alusões à Idade Média.

Características

  • Sentimentalismo - Os sentimentos dos personagens entram em foco. O autor passa a usar a literatura como forma de explorar sentimentos comuns à sociedade, como: o amor, a cólera, a paixão etc. O sentimentalismo geralmente implica na exploração da temática amorosa e nos dramas de amor.
    • Nacionalismoufanismo - Surge a necessidade de criar uma cultura genuinamente brasileira. Como uma forma de publicidade do Brasil, os autores brasileiros procuravam expressar uma opinião, um gosto, uma cultura e um jeito autênticos, livres de traços europeus.
      • Maior liberdade formal - As produções literárias estavam livres para assumir a forma que quisessem, ou seja, entrava em evidência a expressão em detrimento da estrutura formal (versificação, rima etc).
        • Vocabulário mais brasileiro - Como um meio de criar uma cultura brasileira original os artistas buscavam inspiração nas raízes pré-coloniais utilizando-se de vocábulos indígenas e regionalismos brasileiros para criar uma língua que tivesse a cara do Brasil.
          • Religiosidade - A produção literária romântica, utiliza-se não só da fé católica como um meio de mostrar recato e austeridade, mas utiliza-se também da espiritualidade, expressando uma presença divina no ambiente natural.
            • Mal do Século - Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
              • Evasão - O artista romântico (do ultrarromantismo) interpretava o mundo como cruel e frequentemente buscava a fuga da sociedade que não o aceitava.
                • Indianismo - O autor romântico utilizava-se da figura do índio como inspiração para seu trabalho, depositando em sua imagem a confiança num símbolo de patriotismo e brasilidade, adotando o indígena como a figura do herói nacional (bom selvagem).
                  • A idealização da realidade - A análise dos fatos, das aparências, dos costumes etc era muito superficial e pessoal, por isso era idealizada, imaginada, assim o sonho e o desejo invadiam o mundo real criando uma descrição romântica e mascarada dos fatos.
                    • Escapismo - Os artistas românticos procuravam fugir da opressão capitalista gerada pela revolução burguesa (revolução industrial). Apesar de criticarem a burguesia, os artistas tinham que ser sutis pois os burgueses eram os mecenas de sua literatura e por isso procuravam escapar da realidade através da idealização.  (As formas de escape seriam as seguinte: Fuga no tempo, Fuga no sonho e na imaginação, Fuga na loucura , Fuga no espaço e Fuga na morte.)
                    • O culto à natureza - Com a busca de um passado indígena e de uma cultura naturalmente brasileira surge o culto ao natural, aos elementos da natureza, tão cultuados pelos índios. Passava-se a observar o ambiente natural como algo divino e puro.
                      • A idealização da Mulher (figura feminina)- a mulher era a fonte de toda a inspiração. Era intocável, vista como um anjo em que jamais poderiam desfrutar de suas caracteristicas puras e angelicais.
                      • Subjetivismo - A pessoalidade do autor está em destaque. A poesia e a prosa romântica apresentam uma visão particular da sociedade, de seus costumes e da vida como um todo.

                      O Romantismo brasileiro

                      Ao delinearmos nossos objetivos em busca do conhecimento da vasta e grandiosa arte literária, percebemos que ela é a expressão mais pura do artista, considerando seus sentimentos, opiniões, desejos, e, sobretudo, sua maneira de conceber a realidade que o cerca por intermédio da linguagem, repleta de ornamentações e de uma extrema subjetividade, com vistas a despertar no leitor um instinto de reciprocidade com a magia vivida pelas emoções.

                      Aliada a esta concepção, é importante sabermos que mesmo tratando-se de algo ligado à individualidade, o artista, assim como todo ser pertencente a uma esfera social, vive à luz dos acontecimentos e que de certa forma se deixa influenciar por esses. Assim sendo, toda criação é pautada sob uma corrente ideológica – fruto de um contexto histórico, social e político ora em voga.

                      Munidos desse conceito, sentimo-nos aptos a compreender a criação artística que norteia as chamadas escolas literárias que representam o conjunto de obras preconizadas pelos nossos artistas.

                      No intuito de representá-las, enfatizaremos o Romantismo, surgido em 1836 com a obra Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães. Imbuídos de um sentimento nacionalista, em virtude da Proclamação da Independência, os representantes do período em questão, uma vez fartados pelo longo processo de submissão ao controle lusitano, tinham por objetivo retratar uma arte genuinamente brasileira, identificando-se com as raízes históricas do país, com a terra, as tradições e os costumes nativos. 

                      Retratando tal sentimento ufanista temos a figura do índio, caracterizado como sendo o herói nacional, cuja concepção está diretamente ligada à teoria “do bom selvagem”, sob a ótica do filósofo suíço, Jean-Jacques Rousseau, ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem.

                      O Romantismo, tal qual os demais estilos de época, se caracteriza por determinados aspectos que lhe são peculiares, levando em consideração todo um contexto social reinante. Vejamos, pois, cada um deles:

                      * A natureza como coparticipante das expresões individuais – Como o Romantismo se volta para a profunda valorização do “eu”, a natureza exerce uma relevante influência ao participar ativamente desse “revelar” subjetivo, na qual muitas vezes se torna um refúgio ideal para o artista.

                      * A religiosidade – Tentando refugiar-se das intempéries proporcionadas pela realidade circundante, o autor parte pela busca da espiritualidade/religiosidade vista sob um plano superior e capaz de superar as mazelas proferidas pelo universo terreno. 

                      * A idealização do amor – Constituindo o tema central da era romântica, o amor funciona como regenerador do caráter humano. Sendo as virtudes uma vez abnegadas, estas se recomporão por meio do fenômemo amoroso.

                      * O mal do século – Característica estudada posteriormente, se perpetuou de modo específico na segunda geração romântica, influenciada pelo poeta inglês Lord Byron, designava toda a melancolia e pessimismo que rondavam o cotidiano dos escritores que viveram na referida época.

                      * Escapismo como fuga da realidade – Tal realidade, quase sempre tida como opressora, despertava um instinto de revolta e indignação por parte de seus integrantes. Dessa forma, os autores encontravam na natureza, na morte, no passado histórico, nos mais variados cenários exóticos, no sonho e na imaginação e até mesmo na loucura um artifício para se refugiarem ao se sentirem incapazes de lutar contra tal imposição.

                      * Liberdade de criação – Cercados por um individualismo e por uma intensa subjetividade, os autores românticos preconizavam a liberdade de criação no que se refere à temática e à forma, rebelando-se contra quaisquer imposições que porventura influenciassem o seu modo de expressar. 


                      Diante do exposto, podemos notar que o Romantismo perfaz-se de características próprias, reveladas pelo gosto estético e pelo estilo individual de seus representantes que, de forma magnífica, o revelaram por meio de suas grandiosas obras, sejam essas prosaicas ou poéticas.



                      Principais escritores do Romantismo no Brasil


                      Os principais representantes da literatura romântica brasileira e suas principais obras.



                        Gonçalves Dias - foi um importante poeta brasileiro do século XIX


                         Principais obrasOs timbiras, Meditação, Canção do Exílio, I-Juca-Pirama, Seus Olhos 
                        Álvares de Azevedo - escritor da Segunda Geração Romântica

                         Principais obrasLira dos Vinte Anos, Noite na Taverna.
                        Castro Alves - importante poeta brasileiro da geração condoreira

                         Principais obrasEspumas Flutuantes, Os escravos, A Cachoeira de Paulo Afonso, Hinos do equador, Tragédia no Mar, O Navio Negreiro
                        Joaquim Manuel de Macedo
                         Principais obrasA Moreninha, O Moço Loiro, O Rio do Quarto, A luneta mágica.
                        José de Alencar - considerado o principal escritor do romantismo brasileiro.

                         Principais obrasCinco Minutos, A Viuvinha, O Guarani, Lucíola, Iracema, As Minas de Prata, Senhora, Encarnação.
                        Manuel Antônio de Almeida
                         Principais obrasMemórias de um sargento de milícias, Dois Amores (peça de teatro)
                        Bernardo Guimarães - romancista e poeta

                         Principais obrasO seminarista, A escrava Isaura
                        Franklin Távora - iniciou o romantismo regionalista no Nordeste

                         Principais obrasTrindade maldita, Os índios do Jaguaribe; A casa de palha; Três lágrimas
                        Machado de Assis - é considerado um escritor que pertenceu a duas escolas literárias (Romantismo e Realismo)

                         Principais obras românticasRessurreição, A mão e a luva, Helena, Iaiá Garcia

                      Por que o Romantismo Brasileiro apresenta especificidades que o diferenciam do Romantismo europeu?


                      Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza da pátria; na realidade, características já cultivadas na Europa e que se encaixavam perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas.

                      Com o incremento da industrialização e do comércio , notadamente a partir da Revolução Industrial do século XVIII , a burguesia , na Europa , vai ocupando espaço político e ideológico maior . As idéias do emergente Liberalismo incentivam a busca da realização individual , por parte do cidadão comum . Nas últimas décadas do século , esse processo levou ao surgimento , na Inglaterra e na Alemanha , de autores que caminhavam num sentido contrário ao da racionalidade clássica e da valorização do campo , conforme normas da arte vigente até então . Esses autores tendiam a enfatizar o nacionalismo e identificavam-se com a sentimentalidade popular . Essas idéias foram o germe do que se denominou ROMANTISMO .


                      escrever um pouco sobre gonçalves dias e algumas de suas obras... como um escritor importante e com algumas de suas obras marcantes, Gonçalves Dias traz uma grande influência na escrita(literatura) do Brasil.

                      Canção do exílio

                      "Minha terra tem palmeiras,
                      Onde canta o Sabiá;
                      As aves que aqui gorjeiam,
                      Não gorjeiam como lá.

                      Nosso céu tem mais estrelas,
                      Nossas várzeas têm mais flores,
                      Nossos bosques têm mais vida,
                      Nossa vida mais amores.

                      Em cismar, sozinho, à noite,
                      Mais prazer encontro eu lá;
                      Minha terra tem palmeiras,
                      Onde canta o Sabiá.

                      Minha terra tem primores,
                      Que tais não encontro eu cá;
                      Em cismar - sozinho, à noite -
                      Mais prazer encontro eu lá;
                      Minha terra tem palmeiras,
                      Onde canta o Sabiá.

                      Não permita Deus que eu morra,
                      Sem que eu volte para lá;
                      Sem que desfrute os primores
                      Que não encontro por cá;
                      Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá."
                      Gonçalves Dias

                      Romantismo no Brasil/ Principais escritores/ Três faces


                      De acordo com o tema principal, os romances no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou históricos e regionalistas.

                      No romance indianista, o índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos. Junto com tudo isso, o indianismo expressava os costumes e a linguagem indígenas, cujo retrato fez de certos romances excelentes documentos históricos.
                      Os romances urbanos tratam da vida na capital e relatam as particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço.


                      Por fim, o romance regionalista propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças étnicas, linguísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de vida.


                      A primeira geração (nacionalista–indianista) era voltada para a natureza, o regresso ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves de MagalhãesGonçalves Dias e Araújo Porto Alegre. Gonçalves de Magalhães foi o introdutor do Romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades. Gonçalves Dias foi o mais significativo poeta romântico brasileiro. Obras: Canção do exílioI-Juca-Pirama. Araújo Porto Alegre fundou com os outros dois a Revista Niterói-Brasiliense
                      Entre as principais características da primeira geração romântica no Brasil estão: o nacionalismo ufanista, o indianismo, o subjetivismo, a religiosidade, o brasileirismo (linguagem), a evasão do tempo e espaço, o egocentrismo, o individualismo, o sofrimento amoroso, a exaltação da liberdade, a expressão de estados de alma, emoções e sentimentalismo.

                      A segunda geração, também conhecida como Byroniana e Ultrarromantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão.
                      Entre seus principais autores estão Álvares de AzevedoCasimiro de AbreuFagundes VarelaJunqueira Freire e Pedro de Calasans. Álvares de Azevedo fazia parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Pálida à Luz, Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna. Casimiro de Abreu escreveu As Primaveras, Poesia e amor, etc. Fagundes Varela, embora byroniano, já tinha em sua poesia algumas características da terceira geração do romantismo. Junqueira Freire, com estilo dividido entre a homossexualidade e a heterossexualidade, demonstrava as idiossincrasias da religião católica do século XIX.
                      Já as principais características da segunda geração foram o profundo subjetivismo, o egocentrismo, o individualismo, a evasão na morte, o saudosismo (lamentação) em Casimiro de Abreu, por exemplo, o pessimismo, o sentimento de angústia, o sofrimento amoroso, o desespero, o satanismo e a fuga da realidade.

                      Por fim há a terceira geração, conhecida também como geração Condoreira, simbolizada pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos e tem visão ampla sobre todas as coisas, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social e influenciador dessa geração.
                      Os destaques desta geração foram Castro AlvesSousândrade e Tobias Barreto. Castro Alves, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração com obras como Espumas Flutuantes e Navio Negreiro. Sousândrade não foi um poeta muito influente, mas tem uma pequena importância pelo descritivismo de suas obras. Tobias Barreto é famoso pelos seus poemas românticos.
                      As principais características são o erotismo, a mulher vista com virtudes e pecados, o abolicionismo, a visão ampla e conhecimento sobre todas as coisas, a realidade social e a negação do amor platônico, com a mulher podendo ser tocada e amada.
                      Essas três gerações citadas acima apenas se aplicam para a poesia romântica, pois a prosa no Brasil não foi marcada por gerações, e sim por estilos de textos - indianista, urbano ou regional - que aconteceram todos simultaneamente.
                      No país, entretanto, o romantismo perdurará até à década de 1880. Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas, porMachado de Assis, em 1881, ocorre formalmente a passagem para o período realista.

                      Principais escritores românticos brasileiros

                        • Gonçalves Dias: principal poeta romântico e uns dos melhores da língua portuguesa, nacionalista, autor da famosa Canção do Exílio, da nem tão famosa I-Juca-Pirama e de muitos outros poemas.
                        • Álvares de Azevedo: o maior romântico da Segunda Geração Romântica; autor de Lira dos Vinte AnosNoite na Taverna e Macário.
                        • Castro Alves:grande representante da Geração Condoeira, escreveu, principalmente, poesias abolicionistas como o Navio Negreiro.
                        • Joaquim Manuel de Macedo, romancista urbano escreveu A Moreninha e também O Moço Loiro.
                        • José de Alencar, principal romancista romântico. Romances urbanos: LucíolaA ViuvinhaCinco MinutosSenhora. Romances regionalistas: O GaúchoO SertanejoO Tronco do Ipê. Romances históricos: A Guerra dos MascatesAs Minas de Prata. Romances indianistas: O GuaraniIracema e o Ubirajara.
                        • Manuel Antônio de Almeida: romancista urbano, precursor do Realismo. Obras: Memórias de um Sargento de Milícias.
                        • Bernardo Guimarães: considerado fundador do regionalismo. Obras: A Escrava Isaura; "O Seminarista"
                        • Franklin Távora: regionalista. Obra mais importante: O Cabeleira.
                        • Visconde de Taunay: regionalista. Obra mais importante: Inocência.
                        • Machado de Assis: estilo único, dotado de fase romântica e realista. Em sua fase romântica destacam-se "A Mão e a Luva" e "Helena". Ainda em tal fase realizava análise psicológica e crítica social, mostrando-se atípico dentre os demais românticos


                        Demais artes


                        Apesar da produção literária ser predominantemente romântica, vive-se no país neste período um grande incentivo ao academicismo e ao neoclassicismo. O neoclássico é o estilo oficial do Império recém-proclamado e o grande centro das artes no país é a Escola Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, lar do neoclassicismo no Brasil, sob influência direta da Missão francesa trazida pelo Príncipe-Regente D. João VI. Principais características: subjetivismo, evasão, erotismo, senso de mistério e religiosidade.



                        http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo

                        Sobre o romantismo no Brasil: que tipo de influencia, esse movimento literário, trouxe a sociedade da época?

                        Novas influências - No Brasil, o momento histórico em que ocorre o Romantismo tem que ser visto a partir das últimas produções árcades, caracterizadas pela sátira política de Gonzaga e Silva Alvarenga. Com a chegada da Corte, o Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas influências européias. A colônia caminhava no rumo da independência.

                        Após 1822, cresce no Brasil independente o sentimento de nacionalismo, busca-se o passado histórico, exalta-se a natureza pátria. Na realidade, características já cultivadas na Europa, e que se encaixaram perfeitamente à necessidade brasileira de ofuscar profundas crises sociais, financeiras e econômicas.

                        De 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado, como reflexo do autoritarismo de D. Pedro I: a dissolução da Assembléia Constituinte; a Constituição outorgada; a Confederação do Equador; a luta pelo trono português contra seu irmão D. Miguel; a acusação de ter mandado assassinar Líbero Badaró e, finalmente, a abolição da escravatura. Segue-se o período regencial e a maioridade prematura de Pedro II. É neste ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo brasileiro, carregado de lusofobia e, principalmente, de nacionalismo.

                        No final do Romantismo brasileiro, a partir de 1860, as transformações econômicas, políticas e sociais levam a uma literatura mais próxima da realidade; a poesia reflete as grandes agitações, como a luta abolicionista, a Guerra do Paraguai, o ideal de República. É a decadência do regime monárquico e o aparecimento da poesia social de Castro Alves. No fundo, uma transição para o Realismo.

                        O Romantismo apresenta uma característica inusitada: revela nitidamente uma evolução no comportamento dos autores românticos. A comparação entre os primeiros e os últimos representantes dessa escola mostra traços peculiares a cada fase, mas discrepantes entre si. No caso brasileiro, por exemplo, há uma distância considerável entre a poesia de Gonçalves Dias e a de Castro Alves. Daí a necessidade de se dividir o Romantismo em fases ou gerações. No romantismo brasileiro podemos reconhecer três gerações: geração nacionalista ou indianista; geração do "mal do século" e a "geração condoreira".

                        A primeira (nacionalista ou indianista) é marcada pela exaltação da natureza, volta ao passado histórico, medievalismo, criação do herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação "geração indianista". O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores, destacam-se Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto.

                        Que influencia o romantismo teve no Brasil ?

                        O que mudou no Brasil com o romantismo?
                        R: No Brasil, o momento histórico em que ocorre o Romantismo tem que ser visto a partir das últimas produções árcades, caracterizadas pela satírica política de Gonzaga e Silva Alvarenga, bem como as idéias de autonomia comuns naquela época. Em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil fugindo de Napoleão Bonaparte, a cidade do Rio de Janeiro passa por um processo de urbanização, tornando-se um campo propício à divulgação das novas influências européias; a então colônia brasileira caminhava no rumo da independência.

                        O que os leitores pensavam naquela época?
                        R: No Brasil, a poesia romântica é marcada, num primeiro momento, pelo teor patriótico, de afirmação nacional, de compreensão do que era ser brasileiro, ou pela expressão do eu, isto é, pela expressão dos sentimentos mais íntimos, dos desejos mais pessoais, diferente do ideal de imitação da natureza presente na poesia árcade. Isto tudo seguido de uma revolução na linguagem poética, que passou a buscar uma proximidade com o cotidiano das pessoas, com a linguagem do dia-a-dia. No poema "Invocação do Anjo da Poesia", Gonçalves de Magalhães diz que vai abandonar as convenções clássicas (cultura grega) em favor do sentimento pessoal e do sentimento patriótico.

                        tipo ajudou as pessoas que liam para pensar de forma diferente de ver o mundo?
                        R:Claro, a resposta desta esta na resposta anterior:
                        "O Brasil, a poesia romântica é marcada, num primeiro momento, pelo teor patriótico, de afirmação nacional, de compreensão do que era ser brasileiro, ou pela expressão do eu, isto é, pela expressão dos sentimentos mais íntimos, dos desejos mais pessoais, diferente do ideal de imitação da natureza presente na poesia árcade."

                        Romantismo


                        O ROMANTISMO NO BRASIL 


                        Em nossa terra, inicia-se em 1836 com a publicação, na França, da Nictheroy - Revista Brasiliense, por Gonçalves de Magalhães. Neste período, nosso país ainda vivia sob a euforia da Independência do Brasil. Os artistas brasileiros buscaram sua fonte de inspiração na natureza e nas questões sociais e políticas do pais. As obras brasileiras valorizavam o amor sofrido, a religiosidade cristã, a importância de nossa natureza, a formação histórica do nosso pais e o cotidiano popular.

                        Artes Plásticas
                        As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional. As obras principais deste período são : A Batalha do Avaí de Pedro Américo e A Batalha de Guararapes de Victor Meirelles. 

                        Literatura romântica brasileira
                        No ano de 1836 é publicado no Brasil Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães. Esse é considerado o ponto de largada deste período na literatura de nosso país. Essa fase literária foi composta de três gerações:
                        1ª Geração  - conhecida também como nacionalista ou indianista, pois os escritores desta fase valorizaram muito os temas nacionais, fatos históricos e a vida do índio, que era apresentado como " bom selvagem" e, portanto, o símbolo cultural do Brasil. Destaca-se nesta fase os seguintes escritores : Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre e Teixeira e Souza.
                        2ª Geração - conhecida como Mal do século, Byroniana ou fase ultra-romântica. Os escritores desta época retratavam os temas amorosos levados ao extremo e as poesias são marcadas por um profundo pessimismo, valorização da morte, tristeza e uma visão decadente da vida e da sociedade. Muitos escritores deste período morreram ainda jovens. Podemos destacar os seguintes escritores desta fase : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Junqueira Freire.
                        3ª Geração - conhecida como geração condoreira, poesia social ou hugoana. textos marcados por crítica social. Castro Alves, o maior representante desta fase, criticou de forma direta a escravidão no poema Navio Negreiro.

                        Música Romântica no Brasil
                        A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados nas músicas desta fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes é a obra musical de maior importância desta época.
                                     Teatro
                        Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época. Em 1838, é encenada a primeira tragédia de Gonçalves de Magalhães: Antônio José, ou o Poeta e a Inquisição. Também podemos destacar a peça O Noviço de Martins Pena.